terça-feira, 2 de março de 2010

Afinal, os Políticos não são todos Iguais!

No rescaldo do debate de ontem, entre Paulo Rangel e Pedro Passos Coelho, convém realçar as principais ideias defendidas por cada um dos candidatos.

Paulo Rangel assumiu uma posição verdadeiramente Social-Democrata, responsável e ponderada, valorizando, por exemplo, o papel do Sistema de Ensino no desenvolvimento dos cidadãos. Para as classes mais baixas, o Sistema Público de Ensino é, muitas vezes, a única ferramenta de desenvolvimento pessoal disponível.
Rangel defende que, para além da estabilidade, o Estado deve promover o crescimento. Para tal, é fundamental aumentar a produtividade interna, melhorar a acção das entidades reguladoras e estimular a poupança. De acordo com Paulo Rangel, o crescimento interno só pode advir das PME’s, sendo fundamental que o governo as apoie de forma contundente.
Dúvidas houvesse, Passos Coelho assume-se, mais uma vez, como um neoliberal! Debruça-se sobre a reavaliação das grandes obras públicas e propõe que se estabeleça um tecto, por exemplo, para a despesa social. As privatizações continuam a ser vistas por este candidato como solução para a crise, deixando para segundo plano a área social.

Quanto à questão na ordem do dia – Liberdade de Imprensa – Passos Coelho surpreende, negando que exista "falta de liberdade", mas sim "manipulação". Rangel reage sem receios, denunciando o clima que se vive no país, sobretudo nos meios de comunicação social. Ainda assim, Rangel espera os resultados da Comissão de Inquérito para retirar ilacções e pedir explicações ao governo.

Ao longo de todo o debate, Paulo Rangel contrasta com Passos Coelho pelo sentido de responsabilidade e ponderação. Enquanto Passos Coelho ataca frontalmente a bancada Social-Democrata por esta ter viabilizado o OE, Rangel lembra que o PPD/PSD tem a obrigação histórica de ser um partido de responsabilidade e estabilidade. O interesse do país deve estar acima do interesse do partido.

A grande divergência entre os dois candidatos acaba por ser ideológica. O Partido Social-Democrata nunca foi neoliberal!
Paulo Rangel, a ser um candidato de continuidade, será da linha de Sá Carneiro!

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